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Planos de aula

1. A MÚSICA DA INDEPENDÊNCIA

2. LINHA DO TEMPO DOS COMPOSITORES 

3. INSTRUMENTAL

4. Propagação do Som

5. Música pra que? 

Caderno do Professor online - VIII Circuito Musica Brasilis

6. O BOI NO TELHADO - DARIUS MILHAUD

7. ABRAM ALAS PARA CHIQUINHA GONZAGA

8. MARCHA PARA O CONDE DA BARCA - 200 ANOS DE FALECIMENTO

9. JOSÉ MAURÍCIO NUNES GARCIA - 250 ANOS

 

1. A MÚSICA DA INDEPENDÊNCIA

 

Introdução

Desenvolvidos por Adriana Rodrigues, estes planos de aula são ideias e/ou material de apoio para os professores da educação básica. Cada escola, cada turma, cada aluno traz em sua história seus próprios referenciais, seus modelos, seus gostos, suas culturas e todas devem ser sempre bem-vindas e respeitadas na sala de aula.

Os temas sobre a Música da Independência, sobre D. Pedro I e sobre a paisagem sonora no Rio de Janeiro no século XIX são muito empolgantes, instigadores e podem nos proporcionar meses de aulas com propostas diferenciadas, estimulando a curiosidade do aluno, ampliando a sua escuta, a sua expressão criadora e a paixão pela história do Brasil.

A partir deste material, siga as suas próprias ideias dando atenção às suas verdades, possibilidades e realidades que cada escola, cada turma e cada aluno vive. O material que o portal oferece é de uma riqueza impressionante. Aproveite e, antes de trabalhar com os alunos, faça uma viagem pelo site Musica Brasilis, explore todos os seus produtos, músicas, artigos, vídeos, fotos, partituras e muito mais!

Temas propostos:

1. O Rio de Janeiro no tempo da Independência.

2. O musicista e compositor Dom Pedro I

3. O hino da Independência

 

PROPOSTA DE PLANO DE AULA 1 PARA EDUCAÇÃO BÁSICA: O Rio de Janeiro no tempo da Independência

Contextualização: Brasil, Rio de Janeiro, século XIX.

Objetivos: Que os alunos sejam capazes de apreciar, conhecer, ouvir, escutar, criar, comparar e refletir sobre os sons produzidos (a paisagem sonora) no Rio de Janeiro no século XIX e século XXI.

Faixa etária: adaptável a qualquer segmento da educação básica

Duração: adaptável à necessidade e ao interesse do segmento escolhido

Conteúdo programático:

Paisagem sonora

Timbre

Instrumentos musicais

Repertório

Brinquedos cantados

Rio de Janeiro século XIX

Rio de Janeiro século XXI

Apreciação de áudios e vídeos

Leitura de textos e artigos sobre o assunto

Figura 1: Largo do Paço no início do século 19 (Debret)

Estratégias didáticas e Procedimentos de ensino e aprendizagem:

* Convidar pessoas que estudam, escrevem, desenham, pintam, dançam, filmam, encenam, cantam e tocam sobre o Rio de Janeiro no século XIX, para se apresentarem falando, mostrando, ensinando um pouco da sua arte para os alunos. Pode ser uma palestra, uma oficina ou simplesmente uma roda de conversa enfocando os aspectos musicais, culturais, históricos e educativos do tema Música na Independência.

* Ouvir áudios, gravações, e ver vídeos, filmes e séries que retratam essa época.

* Pesquisar com os alunos a paisagem sonora da cidade do Rio de Janeiro no século XIX. Existia eletricidade? Computador? Carro? Televisão? Caminhão de lixo? Feiras livres nas ruas? Supermercado? E os sons da natureza como a chuva, o mar, a cachoeira, a ventania? E nas escolas? Quais seriam os sons das salas de aula e do recreio? E que animais conviviam com a população nas cidades?

* Criar uma lista dos sons que existiam.

* Gravar com a turma esses sons.

* Pesquisar com os alunos e ouvir gravações das músicas e gêneros tocados e cantados nesta época nas casas, nas igrejas, nas ruas, nas salas de concertos e espetáculos, como por exemplo lundu, modinha, hinos, maxixe, ópera, as músicas dos indígenas, dos africanos escravizados etc.

* Dramatizar essas gravações, os músicos, uma dança.

* Dividir a turma em grupos e pedir para que escolham dramatizar sonoramente o Rio de Janeiro do século XIX ou o Rio de Janeiro do século XXI.

* Pesquisar com os alunos sobre as músicas infantis e brinquedos cantados do século XIX. E as brincadeiras infantis? Será que tem alguma pintura que mostra? Quais são as canções infantis e brinquedos cantados do século XXI?

* Pesquisar com a turma os diferentes timbres que conseguimos fazer com o nosso corpo, com a boca, com as mãos, pernas e pés. E assobiar?

* Pesquisar os instrumentos que os alunos trazem na mochila: som de bater, soprar, chacoalhar, raspar, dedilhar. Organizar por timbres.

* Pesquisar com a turma quais os instrumentos que conhecem? Como são classificados os instrumentos? Peça exemplos de instrumentos de corda, sopro e percussão.

* Pesquisar com a turma os instrumentos musicais do século XIX? Quais eram? Como eram feitos? Quais os materiais? Quais as diferenças entre esses instrumentos musicais do século XIX e os do século XXI?

* Mostrar as figuras dos instrumentos musicais usados no século XIX - Instrumentos

* Escutar e ver os vídeos dos sons desses instrumentos (link anterior).

  

Figuras 2 e 3: Berimbau (Debret); Músicos e Marimba (Debret)

Recursos e Materiais: Portal Musica Brasilis

•    Iconografia de época mostrando instrumentos e músicos em ação

•    Vídeos do canal YouTube Musica Brasilis

•    Áudios e podcasts sobre o tema especialmente criados

Avaliação por participação. No final de cada proposta pedir para que desenham ou escrevam sobre o tema que mais gostaram e o que menos gostaram, se possível explicarem o porquê.

 

PROPOSTA DE PLANO DE AULA 2 PARA EDUCAÇÃO BÁSICA: O musicista e compositor Dom Pedro I

Contextualização: Brasil, Rio de Janeiro, século XIX.

Objetivos: Que os alunos sejam capazes de conhecer D. Pedro I como musicista, escutar e apreciar suas composições, ler e conhecer as histórias e contextualizações das suas composições a partir dos vídeos e artigos disponibilizados no site, criar trilhas sonoras para uma dramatização da história de D. Pedro I a partir das composições da época disponibilizadas no site, comparar e refletir sobre a educação musical de um nobre com a de um cidadão comum no século XIX, e comparar e refletir sobre a educação musical no século XXI.

Faixa etária: adaptável a qualquer segmento da educação básica

Duração: adaptável à necessidade e ao interesse do segmento escolhido

Conteúdo programático:

D. Pedro I

Composição

Educação Musical

Compositores do século XIX

Repertório do século XXI

Apreciação de áudios e vídeos

Leitura de textos e artigos sobre o assunto

Figura 4: D. Pedro I compondo o Hino da Independência (Auguste Bracet, 1922)

Estratégias didáticas e Procedimentos de ensino e aprendizagem:

* Pesquisar com a turma quem foi Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim?

* Por que usamos o chamamos de Dom Pedro I? Por que dizemos Dom ao pronunciarmos seu nome, e por que tem o número I em seguida ao seu nome? * Pesquisar no site /busca todas as informações sobre D. Pedro I.

* Pesquisar sua formação musical, seus professores, os instrumentos que tocava e se cantava. Veja no site a introdução do artigo escrito pelo professor Alberto José Vieira Pacheco: D. Pedro I do Brasil, IV de Portugal - Hinos e Marcha Imperial

* Pesquisar as composições de D. Pedro I, quando e por que as compôs? Veja no site: D. Pedro de Alcântara

* Pesquisar sobre cada um desses compositores do período da Independência: José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830), Marcos Portugal (1762 – 1830), Sigismund Neukomm (1778 – 1858).

* Pesquisar e ouvir suas composições

* Pesquisar na turma os que cantam ou tocam algum instrumento, pedir para que cada um conte sobre a sua educação musical, se tem algum parente ou conhecido que cante, componha ou toque um instrumento.

* Pesquisar a diferença das aulas de música do século XIX e as do século XXI, que recursos são utilizados atualmente?

* Pesquisar os livros já escritos sobre D. Pedro I

* Pesquisar as pinturas feitas de D. Pedro I

* Visitar os museus que tragam a história de D. Pedro I e a família Imperial

    

Figura 5: José Maurício Nunes Garcia, Sigismund Neukomm e Marcos Portugal

Recursos e Materiais: Portal Musica Brasilis

•    Iconografia de época mostrando instrumentos e músicos em ação

•    Vídeos do canal YouTube Musica Brasilis

•    Áudios e podcasts sobre o tema especialmente criados

Avaliação por participação. No final de cada proposta pedir para que desenham ou escrevam sobre o tema que mais gostaram e o que menos gostaram, se possível explicarem o porquê.

 

PROPOSTA DE PLANO DE AULA 3 PARA EDUCAÇÃO BÁSICA: O Hino da Independência

Contextualização: Brasil, Rio de Janeiro, século XIX.

Objetivos: Que os alunos sejam capazes de conhecer o significado e a representação do que é um Hino; do que significa e representam os Hinos de um país; de conhecer a história do Hino da Independência; de criar o seu próprio hino.

Faixa etária: adaptável a qualquer segmento da educação básica

Duração: adaptável à necessidade e ao interesse do segmento escolhido

Conteúdo programático:

Hino

Hinos do Brasil

Hino da Independência

D. Pedro I

Composição

Notação musical

Criação

Apreciação de áudios e vídeos dos hinos

Figura 6: Manuscrito da partitura do Hino da Independência

Estratégias didáticas e Procedimentos de ensino e aprendizagem:

* Fazer uma pesquisa com os alunos sobre Hinos. Qual é o seu significado? Qual a sua representação?

* Indagar quais são os hinos conhecidos pelos alunos? Pesquisar se a escola tem um hino? Pesquisar com a turma o hino do seu estado, do seu município, da sua escola de samba, do seu time de futebol etc.

* Dividir a turma em grupos e conversarem sobre a música que melhor representa cada um?

* Quantos hinos o Brasil já teve? Houve um concurso? Qual é o compositor do Hino Nacional? Que outros hinos têm o Brasil? Conhecem o Hino à Bandeira? O Hino Nacional? da Independência? Quem compôs? Como é a letra?

* O que quer dizer independência? O que representou a independência para o Brasil?

* Pesquisar se algum aluno já é independente da sua família e o que significa isso.

* Observar com a turma as partituras do hino, tanto a manuscrita quanto a editada. O que é uma partitura, uma notação musical? Por que se escreve a música? Qual a sua importância? Que outros tipos de notação musical podem ter? Quais são os nomes das notas musicais? O que é um pentagrama? E como se escreve a música? Exemplo: Hino da Independência - partitura para voz e piano

* Observar a diferença de uma partitura escrita no século XIX a mão e uma partitura editada no século XXI. Veja no site: Artigo do prof. Alberto Vieira Pacheco

* Propor aos alunos a criação de um hino da turma? Começarão pela letra ou pela música? Fazer uma gravação do hino.

* Assistir aos vídeos, ouvirem os áudios relacionados a todos os temas.

Recursos e Materiais: Portal Musica Brasilis

•    Iconografia de época mostrando instrumentos e músicos em ação

•    Vídeos do canal YouTube Musica Brasilis

•    Áudios e podcasts sobre o tema especialmente criados

Avaliação por participação. No final de cada proposta pedir para que desenham ou escrevam sobre o tema que mais gostaram e o que menos gostaram, se possível explicarem o porquê.

Referências:

ANDRADE, Ayres de: “Francisco Manoel da Silva e seu Tempo”, Edições Tempo Brasileiro Ltda., Rio de Janeiro, 1967.

LANZELOTTE, Rosana. “Leopoldina e a música”. Em: “D. Leopoldina e seu tempo: Sociedade, Política, Ciência e arte no séc. XIX”. Org: Aline Montenegro Magalhães; Alvaro Marins; Rafael Zamorano Bezerra. Rio de Janeiro. Museu Histórico Nacional, 2016.

MARQUES, A.J.: “D. João VI and Marcos Portugal: the Brazilian period”, 2005. Disponível em http://lanic.utexas.edu/project/etext/llilas/cpa/spring05/missa/marques.pdf

NORTON, Luiz. A Corte de Portugal no Brasil. Companhia Editora Nacional, 1938.

PACHECO, A.J.V.: “Cantoria Joanina: A prática vocal carioca sob influência da corte de D. João VI, castrati e outros virtuoses”, Tese de Doutorado, UNICAMP, 2007.

SOUSA, Otávio Tarquínio de. História dos Fundadores do Império do Brasil. Vol. II. A Vida de D. Pedro I. Tomo 1º. Ed. do Senado Federal. 2015. Disponível em https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/528942/Fundadores_Imperio_Brasil_v2_D_Pedro_I_tomo1.pdf

 

2. LINHA DO TEMPO DOS COMPOSITORES

A partir dos conteúdos explorados nesta instalação, propor aos alunos, na escola, a visita ao site MUSICA BRASILIS (www.musicabrasilis.org.br)

Passo a passo :

- clicar no item COMPOSITORES;

- escolher o compositor  para conhecer sua linha do tempo;

- clicar no item vídeo, de acordo com o compositor escolhido, e selecionar a música .

Refletindo sobre o tema

A música desperta sentimentos em todos que a escutam ?

Debata com a turma sobre como a música pode despertar sentimentos diferentes, dependendo de quem a escuta.

- O que é mais importante: o conteúdo da música ou a interpretação de quem ouve?

- A música pode despertar qualquer sentimento?

- Após a audição da canção selecionada,  proponha ao grupo uma “roda de prosa” em que sejam abordados os seguintes pontos:

  • Porque este compositor foi o escolhido?
  • Qual o gênero de música deste compositor?
  • Que emoções foram sentidas ao ouvirem a música escolhida?

Durante a “roda de prosa” peça a um aluno voluntário que escreva no quadro abaixo:

 

Título da música                              Gênero                              Sentimento experimentado ao ouvir a música

 

 

- Observe junto com o grupo quais os sentimentos mais presentes.

3. INSTRUMENTAL

"'Todos os sons que ouvimos são o resultado de ondas se propagando, geradas a partir de uma fonte sonora. Estas ondas que chegam aos nossos ouvidos são processadas por nosso cérebro e assim reconhecemos o que estamos ouvindo. Dependendo do material de que é feita a fonte sonora, estes sons podem ter características diferentes. Graças a isto, existem diferentes instrumentos musicais, que são feitos de diferentes materiais. O piano, por exemplo, é um instrumento de cordas com um grande corpo de madeira. Os sons do piano são gerados a partir das cordas percutidas quando o pianista aperta suas teclas. Estas cordas começam a vibrar junto com todo o corpo do instrumento e este som se propaga no ar até chegar aos nossos ouvidos.''  

Maestro Ricardo Prado

De que é feita a música?

Sabemos que a principal matéria-prima da música é o som. Mas como o som acontece?

A partir dos conteúdos explorados nesta instalação, propor aos alunos, na escola, a visita ao site MUSICA BRASILIS

Passo- a- passo :

- clicar no item INSTRUMENTOS;

- selecionar a “família” do instrumento escolhido;

- clicar no item vídeo, de acordo com o instrumento escolhido .

Após a apresentação do instrumento escolhido, proponha ao grupo uma “roda de prosa” em que alunos voluntários possam expor ao grupo, a partir da exposição do instrumentista,  o que compreenderam sobre o instrumento selecionado.

- Perguntar se algum aluno toca aquele instrumento que acabaram de assistir a apresentação em vídeo.

- Que outros instrumentos são executados por alunos ali presentes?

- Peça aos alunos que descrevam o instrumento de predileção de cada um dos participantes

Mão na massa

 Nesta atividade a turma entrará em contato com a geração da matéria prima da música: o SOM. Estimular a criatividade e a percepção auditiva são alguns dos objetivos dessa oficina.

 

1. Fontes sonoras - Confecção de instrumentos musicais feitos de diferentes materiais:

  •  Chocalho ( Maracá tartaruga)

 

Materiais:

- fundo de garrafa pet ;

- EVA,

- cola,

- barbante;

- 1 botão

- tesoura

- molde de cartolina

- grãos, pedrinhas, etc

 

Passo-a-passo:

1.Cortar o EVA, no formato do corpo da tartaruga, a partir do molde;

2.Colocar o fundo pet sobre o EVA cortado

3.Com o auxílio de uma agulha de fundo largo, costurar o fio de barbante, prendendo o EVA na pet;

5. Riscar no EVA um círculo para colocar na base da tartaruga; cortar e colar na base da tartaruga;

6. Finalizar o maracá tartaruga, colando um botão de tamanho médio no alto do casco.

 

  •        Guitarra de caixa de papelão

Materiais:

- caixa de papelão

(redonda, quadrada ou retangular);

- 1 tubo de papelão;

- elástico;

- cola;

- tesoura;

- alfinetes de mapa

 

Passo-a-passo:

1. Com auxílio de compasso e estilete, abrir uma fenda circular sobre a tampa da caixa.

2.Cortar diversas fendas em uma das extremidades do tubo;

 

3.Espalhar cola e colocar o tubo em uma das laterais da caixa 

4.Colocar os elásticos na posição das 6 cordas da guitarra, fixando-os com alfinetes de mapa.

5.Colocar na parte superior da caixa, sob os elásticos um apoio de madeira ou papelão, para ampliar a sonoridade.

 

  •    Castanholas

Materiais:

- papelão;

- tampinhas de refrigerante (plástico ou lata);

- cartolina verde ;

- cartolina branca;

- 4 continhas redondas para os olhos

- cola;

- tesoura

Passo-a-passo:

1.Cortar o papelão e as cartolinas no feitio ovalado;  os olhos e a cinta no feitio apropriado;

2.Colar  a cartolina branca sobre o papelão  cortado;

3.Cortar o excedente da cartolina branca no feitio dos dentes do “jacaré”;

4.Colar a cartolina verde sobre a branca;

5.Colar  os olhos sobre a cartolina verde e  a tampinha dentro da “boca do jacaré”;

6.Colar  uma alça de cartolina verde sobre a cabeça do “jacaré” para ajustar a mão ao “instrumento”.

 

  •  Tambor de lata

Materiais:

- latas de tamanhos diversos;

- EVA

- elástico

- balões de encher

- fita adesiva colorida para decorar

- cola

Passo-a-passo:

1.Cortar o balão;

2.Colocar o balão sobre a “boca” da lata, esticando bastante e , em seguida, colocar o elástico;

3.Colar EVA em volta da lata e decorar a gosto.

Professor (a) pesquise com seus alunos outros instrumentos que poderão ser produzidos na sala de aula, com a utilização de sucata. Pesquise na internet sobre Walter Smetak e também sobre o trabalho do grupo Uakiti.

  • Jogo da percepção 

Para este jogo, um aluno deve estar no centro da sala, com os olhos fechados. O resto da turma se posiciona ao seu redor. Escolha um aluno de cada vez para fazer um som (pode ser uma palma, estalo, ou um som feito com a voz). O aluno que está no centro da sala deve apontar para o lugar de onde veio o som e, caso seja o som da voz, deve tentar identificar o nome do colega que fez o som.

Nesta atividade, que estimula a percepção auditiva, cada aluno é uma fonte sonora e o som irá se propagar pelo ar na sala de aula. Troque o aluno que fica no meio da sala e também a posição dos outros alunos ao redor dele, para mais desdobramentos da atividade. 

 

Os alunos encontrarão os seguintes jogos musicais:

- Puzzle Musical

- Mesa de Mix

- Mesa de Compor

4. Propagação do Som

Você também pode fazer com a turma experiências simples com a propagação do som nos diferentes materiais.

  •       Amarre um talher de metal no centro do barbante de forma que as pontas do barbante fiquem livres.
  •       Em seguida, segure as pontas do barbante, bata o cabo do talher na borda de uma mesa e ouça.
  •       Agora, coloque cada ponta do barbante em uma orelha e bata o talher novamente na mesa e ouça.
  •       Observe com a turma que na primeira vez, o som se propagou pelo ar. Na segunda, o som do garfo se propaga pelo barbante.
  •       Qual a diferença entre o som que chega aos nossos ouvidos pelo ar e o som ouvido pelo barbante? (Note que o som se propaga melhor através do barbante.)

Você pode fazer também um telefone com dois copos plásticos e o barbante. 

  •        Passe cada ponta do barbante no furo feito no copo e dê um nó para que o barbante não saia pelo furo.
  •        Coloque um aluno em cada copo que está na extremidade do barbante, e peça que conversem.
  •        Observe que para haver a comunicação entre os alunos através do telefone de barbante, o ar que emitimos ao falar faz com que o copo e o barbante vibrem, e esta vibração se propaga pelo barbante até a outra extremidade.

 

5. Música pra que?

Desde as civilizações mais antigas, a música tem diferentes funções na vida social do ser humano. Existe música para comemorar, celebrar, divertir, lamentar, lembrar...A música faz parte da nossa vida diariamente e está em vários lugares: shows, festas, nos templos religiosos, em casa, na escola, na rua e também na televisão.

Maestro Ricardo Prado

Objetivo

Debater com a turma sobre as inúmeras funções sociais da música, estimulando o pensamento crítico.

  •      Organizar com o grupo uma “roda de prosa”, em que serão debatidas diversas questões, tais como:

- Para que serve a música em nossa sociedade?

 - Existem diferentes tipos de música para cada situação da nossa vida cotidiana?

- Existe alguma relação entre as características musicais de uma canção e a sua função social?

Contextualização da atividade

Desenhe a seguinte tabela no quadro negro:

 

Contexto (local, situação, etc) Estilo Musical Características
Festa Funk, axé, pagode, rock, etc Música dançante, animada
Televisão Jingles de comerciais Músicas curtas, fáceis de aprender, com objetivo de vender produtos
Religião Gospel, música clássica Música com a letra voltada para a espiritualidade
Estádio de futebol Cantos dos torcedores Músicas curtas, fáceis de aprender e animadas para incentivar o time
Carnaval Samba, frevo, axé, marchinhas Músicas animadas, para dançar
Outros    

 

1)  Pergunte aos alunos em quais situações a música está presente em suas vidas. Preencha a coluna “contexto” com as respostas da turma. Você também pode dar sugestões.

2)  Em seguida, preencha a coluna “estilo musical” com os de tipos de música que a turma acredita que são adequados para cada tipo de situação.

3)  Por fim, preencha a coluna “características”, descrevendo os estilos musicais citados pela turma. Ao descrever as características da música, pense no andamento (rápido ou devagar), na melodia, duração (curta ou longa) e também no conteúdo da letra.

Ao final, debata com a turma sobre a relação entre as situações do dia-a-dia e o tipo de música que é mais adequado para cada uma delas. Como as características musicais influenciam na função social de uma música?

 

 

Caderno do Professor online - VIII Circuito Musica Brasilis

 

6.   O BOI NO TELHADO – DARIUS MILHAUD

I.               Darius Milhaud no Brasil

Link /temas/darius-milhaud-no-brasil

 

A “revelação” do Carnaval do Rio de Janeiro para Darius Milhaud

Milhaud chega ao Brasil, em fevereiro de 1917, aos 25 anos. Ao aportar no Rio de Janeiro, em pleno carnaval, fica fascinado pelos ritmos daquela música popular que se ouvia nas ruas da cidade. Decide, imediatamente, comprar partituras de maxixes e de tangos e experimenta tocar esses ritmos brasileiros. O samba “Pelo Telefone”, dos compositores Donga e Mauro de Almeida,  considerado o primeiro samba brasileiro gravado, era ouvido pelas ruas da cidade naquele Carnaval.

 

A história do carnaval

Link:   /temas/historia-do-carnaval     

 

- Escutar as seguintes composições:

·      Pelo Telefone (samba) 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=woLpDB4jjDU

·      Ó Abre Alas (marcha-rancho)

Link: /videos/chiquinha-gonzaga-o-abre-alas

-       Ler o texto “ Lá na Carioca tem uma roleta para se jogar”- por Jairo Severiano.

Link: /temas/la-na-carioca-tem-uma-roleta-para-se-jogar

 

- Sugestão de atividade:

       - Comparar as duas músicas, percebendo as diferenças entre o samba e a marcha-rancho.

      - Conversar com os alunos sobre as diferenças e semelhanças entre o Carnaval do início do século XX e o atual, pensando nos aspectos musicais e culturais da festa.

  

II.              A “alma brasileira” na música de Darius Milhaud

Surpreso e maravilhado com o que ouviu no Rio de Janeiro, Milhaud escreveu sobre Ernesto Nazareth: “Seu jogo fluido, desconcertante e triste ajudou-me a compreender melhor a alma brasileira".

A composição O Boi no telhado é uma colagem de várias músicas de compositores brasileiros, tais como :

·      Alexandre Levy

·      Marcelo Tupinambá

·      Eduardo Souto

·      Chiquinha Gonzaga

·      Ernesto Nazareth

 

- Escutar o choro Odeon, de Ernesto Nazareth

Link /videos/ernesto-nazareth-odeon-0

 

- Em 1968, a pedido de Nara Leão, Vinicius de Moraes escreve uma letra para a música de Nazareth. Ouça a gravação de Nara Leão no link: https://www.youtube.com/watch?v=rceOYRsruCE

 

- Veja mais sobre Odeon e leia a letra de Vinicius de Moraes, na página dedicada a  Ernesto Nazareth, no site do Instituto Moreira Salles, acessando o   link: http://www.ernestonazareth150anos.com.br/works/view/136

 

- Sugestão de atividade:

- Organizar uma roda de prosa sobre Ernesto Nazareth e as gravações da música Odeon, levando em consideração as percepções sobre as diferentes interpretações da música.

- Acessar a página dos jogos musicais do Portal Musica Brasilis, no link /jogos

- Seguir as instruções para jogar o “puzzle musical” da música Odeon.

 

III.            O carnaval de 1918

No carnaval de 1918, é lançado o tango “ O Boi no Telhado”, de autoria de José Monteiro – o Zé Boiadeiro.

(/temas/darius-milhaud-no-brasil).

 

Sobre o Zé Boaideiro:

Além de compositor José Monteiro era violonista, cavaquinhista e grande cantor. Foi percussionista e vocalista do regional do Pixinguinha “ Os Batutas”, com o qual viajou em turnê para Paris, em 1922.

Em depoimento ao Museu da Imagem e do Som, Pixinguinha diz que Zé Boiadeiro “Era um cantor que fazia ponto na Chave de Ouro. Cantava bem. Segundo João da Baiana, ele morava na rua Vista Alegre, no Encantado, e trabalhava como pedreiro nas oficinas do Engenho de Dentro”.

No livro “ O Choro: Reminiscências dos Chorões Antigos”, de Alexandre Gonçalves Pinto, está escrito que José Monteiro era “Cantador de modinhas, que deslumbrava, pois possuía uma voz maravilhosa! (...) Era figura obrigatória em todos os “pagodes”, sulapando os cantores de fama, quando nas salas ou no sereno cantava as letras do grande Catulo, arrancava do povo os maiores aplausos! Obrigando os outros cantadores a se recolherem aos bastidores!”

 

- Sugestão de atividade:

- Ouvir a música O Boi no telhado, de Zé Boiadeiro, na gravação de 1918, da Banda do Batalhão Naval.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=0tTtr_rna6w

- Ouvir a gravação da Orquestra Sinfônica Brasileira – OSB, sob a regência do maestro Roberto Minczuk, da obra O boi no telhado, de Darius Milhaud.

 Link : https://www.youtube.com/watch?v=BVmzfNQ73Es

- Organizar uma roda de prosa e comparar as músicas, percebendo as diferenças  entre as duas gravações, levando em consideração os seguintes pontos:

·      Época em que foram gravadas

·      Identificar a melodia composta por Zé Boiadeiro, na obra de Darius Milhaud.

·      Identificar as famílias dos instrumentos executados nas duas gravações (teclado, percussão, sopro e cordas)

   

IV.           Surrealismo na música

O período em que Darius Milhaud esteve no Rio de Janeiro precedeu o surgimento do Movimento Modernista, enquanto em Paris, o Movimento Surrealista estava em plena efervescência.  A obra do francês "O Boi no Telhado” é considerada uma farsa musical surrealista. O título da música de Zé Boiadeiro inspirou o nome de um dos restaurantes mais famosos de Paris, que existe até hoje e que foi ponto de encontro de intelectuais e artistas surrealistas.

-       Realizar uma pesquisa sobre o Movimento Surrealista e sobre o Surrealismo e a música. Usar como referencia os links sugeridos e outras fontes virtuais e  bibliográficas.

Link: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3650/surrealismo

 

Link: http://surrealismo.blogspot.com.br/2003/05/voc-j-conheceu-o-surrealismo-nas-artes.html?m=0

 

Sugestão de atividades:

-       Realizar uma colagem com o tema “O Boi no Telhado” utilizando imagens de revistas e desenhos feitos pelos próprios alunos.

-       Criar uma música surrealista a partir dos Jogos de Compor do Portal Musica Brasilis. Fazer interferências com voz, instrumentos e outros tipos de sons e ruídos.

Link: /jogos

 

7.   ABRAM ALAS PARA CHIQUINHA GONZAGA

Pioneira como compositora e maestrina, Chiquinha Gonzaga (1847-1935) rompeu as barreiras de gênero, firmando-se como a primeira mulher a ter seu nome entre os principais criadores da música brasileira.

 

I.               O CARNAVAL DE SALÃO E DE RUA NO RIO DE JANEIRO

- LINHA DO TEMPO

Link:  /compositores/chiquinha-gonzaga

 

- Escutar, na Linha o Tempo, as seguintes composições:

·      1877 –  ATRAENTE (polca)

A música foi composta como um exercício de improvisação em uma roda de choro na casa do compositor Henrique Alves de Mesquita. Ela recebeu o nome de Atraente, porque todos os instrumentistas presentes na roda, seduzidos pela música, imediatamente começaram a tocá-la.

 

·      1899 – Ó ABRE ALAS (marcha- rancho)

Para o primeiro carnaval do século XX, a maestrina compõe, a pedido de um grupo de jovens componentes do cordão carnavalesco Rosa de Ouro, a marchinha “ Ó abre alas”, que veio a se tornar um “hino”, animando o carnaval nas ruas e nos salões em todo o Brasil.

 

 - Sugestão de atividade:

       - Comparar as duas músicas, percebendo as diferenças entre a polca, que é um ritmo de dança de salão e a marcha-rancho , que é um ritmo de carnaval de rua.

      - Conversar com os alunos sobre a relação do corpo e da dança a partir dos dois diferentes ritmos e  espaços onde eles são apresentados.

     - Criar um baile de carnaval do início do século XX, com danças de salão. Para esse evento, estimular os alunos a criarem máscaras, fantasias de época e passos de dança.

    - Confeccionar um estandarte temático para a abertura de um bloco de carnaval e sair em cortejo pela escola e redondezas, cantando e tocando Ó Abre Alas e outras marchas-rancho (pesquisar no portal Musica Brasilis e em outros sites da internet)

 

II.              RECRIANDO O TEATRO MUSICAL

·      1912 – estreia FORROBODÓ

Burleta de costumes carioca, em 3 atos, composta por Carlos Bettencourt e Luiz Peixoto, com música original de Chiquinha Gonzaga.

Acesse o libreto da peça no link abaixo:

http://chiquinhagonzaga.com/wp/wp-content/uploads/1912/07/revista_de_teatro_forrobodo.pdf

 

- Sugestão de atividade:

- Pesquisar no youtube o tema “Forrobodó Chiquinha Gonzaga”, em diferentes montagens teatrais atuais, e os clipes que encerravam cada capítulo da minisérie Chiquinha Gonzaga (Rede Globo).

- Criar pequenas cenas com textos do libreto e as músicas da peça.

- Pesquisar vestuário e figurinos do início do século XX e criar, com desenhos, modelos de figurinos para as cenas.

- Criar fantoches de palito e papelão, a partir da pesquisa de vestuário e figurinos,  para encenar na sala de aula em empanada de teatro.

 

III.            TRÊS LEITURAS PARA UMA MESMA CANÇÃO

·      1912 – LUA BRANCA ( modinha)

Um das mais conhecidas músicas de Chiquinha Gonzaga, a modinha Lua Branca, foi composta para o musical Forrobodó, para os personagens Sá Zeferina e Escandanhas.

Obs. Várias gravações desta música, com diferentes interpretações, foram realizadas e estão disponíveis na internet.

 

- Sugestão de atividade:

- Pesquisar no Portal Musica Brasilis e no Youtube,  diferentes interpretações da música, tais como :

·      Instrumental

·      Canto lírico

·      Canto popular

- Roda de prosa:

·      Conversar com os alunos sobre as características de cada uma das versões, levando em consideração as diferenças de instrumentos e vozes, em relação ao timbre e à sonoridade.

·      Analisar a letra da música, que é de autor desconhecido, observando os seguintes aspectos: linguagem, vocabulário, o “eu lírico”, a poética etc.

 

IV.           CHIQUINHA “ABRE ALAS” PARA AS MULHERES

Chiquinha Gonzaga é, merecidamente, considerada a primeira grande compositora popular brasileira. A maestrina era uma mulher a frente do seu tempo, tendo atuado com bravura e coragem na causa da abolição dos escravos, no enfrentamento da sociedade patriarcal, em prol dos direitos das mulheres, na justiça pelo reconhecimento dos direitos dos artistas, entre outras bandeiras levantadas.

 

- Sugestão de atividade:

- Pesquisar sobre a vida de Chiquinha, levando em consideração os seguintes assuntos:

·      A musicista, maestrina e compositora.

·      A polêmica  apresentação do  “Corta-jaca”, no palácio do Catete, executada ao violão pela primeira dama Nair de Tefé.

·      A atuação em prol da libertação dos escravos

·      A fundação da SBAT ( Sociedade Brasileira de Autores)

- Pesquisar fotos e imagens relacionadas à Chiquinha.

- Criar uma FOTOBIOGRAFIA  da compositora a partir dos conteúdos pesquisados.

 

8.   MARCHA  PARA O CONDE DA BARCA – 200 ANOS DE FALECIMENTO

Antonio de Araújo e Azevedo (1754 - 1817), o Conde da Barca, idealizou o “projeto civilizatório” do Brasil. Fundou a Impressa Régia, concebeu a criação do Reino Unido, imaginou a Missão Artística Francesa, no âmbito da qual vem ao Brasil o compositor Sigismund Neukomm (1778 – 1858). Este foi o primeiro a empregar gêneros populares - modinhas e lundus - em obras clássicas. Tendo se tornado amigo do Conde da Barca, em cuja casa se hospedou, Neukomm escreveu mais de 70 obras no país, entre elas está a Marcha Fúnebre para o Conde da Barca, um grande estadista injustamente esquecido.

 

I.               A Corte no Brasil

- Pesquisar os seguintes temas históricos:

·      A chegada da corte portuguesa no Rio de Janeiro

·      O início da imprensa no Brasil

·      A vinda dos artistas franceses para o Rio de Janeiro – a chamada Missão Artística Francesa – Jean Baptiste Debret,  Nicolas-Antoine Taunay, Auguste-Marie Taunay

- Sugestão de atividade:

- Criar um jornal com matérias que relatem acontecimentos do período colonial brasileiro, a partir de 1808. As ilustrações podem ser obras dos artistas da Missão Francesa.

Link: http://portal.imprensanacional.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/a-imprensa-nacional

 

II.              A presença de Neukomm no Brasil

- LINHA DO TEMPO

Link: /compositores/sigismund-neukomm

            Escutar, na Linha o Tempo, as seguintes composições:

·      1819 – Marcha Militar nº3  e Sonata

Nos vídeos apresentados no Portal Musica Brasilis, a Marcha Militar é executada pelo grupo Art metal Quinteto e a Sonata, por Rosana Lanzelotte e Ricardo Kanji.

 

- Sugestão de atividade:

- Conversar com os alunos sobre as duas músicas, observando as diferenças entre a marcha militar e a sonata, levando em consideração o andamento, o timbre etc.

- Ler o texto e assistir a entrevista em vídeo sobre Sigmund Neukomm, com Rosana Lanzellotti e Ricardo Kanji.

Link: /temas/neukomm-no-brasil

 

Nota:

Para saber mais sobre “lundu”, acesse o link /temas/lundu-origem-da-musica-popular-brasileira

Para saber mais sobre “modinha”, acesse o link

/temas/modinha-entre-o-erudito-e-o-popular

 

Em seguida, escutar :

·      Amor Brazileiro, capricho para pianoforte sobre um lundu brasileiro, executada por Rosana Lanzelotte, acessando o link https://www.youtube.com/watch?v=sJ29xOdL8ts

·      L'amoureux, fantasia para pianoforte e  flauta, primeira obra clássica inspirada em uma modinha brasileira, de Joaquim Manoel da Câmara, executada pelo Duo Barrenechea, acessando o link

 https://www.youtube.com/watch?v=TkDYA5sasHM

 

- Sugestão de atividade:

- Propor aos alunos uma roda de prosa sobre o texto, a entrevista em vídeo e as músicas Amor Brazileiro e L'amoureux, observando o emprego de gêneros populares, como o lundu e a modinha na música clássica.

- Conversar com o grupo sobre como a música pode despertar sentimentos diferentes, dependendo de quem a escuta. Que emoções foram sentidas ao ouvirem as músicas selecionadas?

 

III.            Partitura e Instrumentos

·      Abrir a partitura da Marcha Militar n.3, acessando o link: /sites/default/files/marcha_militar_n3_sn_0.pdf

·      Abrir a página dos instrumentos no Portal Musica Brasilis, acessando o Link: /instrumentos

 

- Conversar com os alunos sobre o que é uma partitura, apresentar as figuras de duração e símbolos musicais presentes na partitura da Marcha Militar n.3 e as grades com os  instrumentos.

- Pesquisar no Portal Musica Brasilis e em outros sites da internet sobre cada um dos instrumentos presentes na partitura.

- Dividir a turma em quatro grupos e propor que construam cartazes com fotos e textos sobre cada grupo de instrumentos como estão divididos no Portal Musica Brasilis:

·      Instrumentos de teclado

·      Instrumentos de Percussão

·      Instrumentos de Sopro

·      Instrumentos de Cordas

 

9.   JOSÉ MAURÍCIO NUNES GARCIA - 250 anos

O carioca José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830), bisneto de escravas da Guiné, um dia, arranjou uma viola de arame e começou a tocar pela vizinhança. Aos doze anos já dava aulas de música e cravo para senhoras da sociedade, e, aos dezesseis, compôs sua primeira obra. José Maurício escolheu a carreira de sacerdote, visando seu interesse em crescer profissionalmente como músico. Por ser mulato e pobre numa sociedade muito preconceituosa, sua entrada na igreja foi dificultada, mas graças a um comerciante rico que lhe deu uma casa (que, mais tarde, se tornaria seu curso de música) o “problema” da falta de patrimônio foi contornado. O Padre Zé Maurício assumiu na Catedral várias funções: organista, regente, compositor e professor de música.

 

I.               A vocação musical

- LINHA DO TEMPO

           Link: /compositores/jose-mauricio-nunes-garcia

·      1773  - Mãe e tia notam o seu precoce talento musical e contratam o compositor mineiro Salvador José de Almeida e Faria para lhe ensinar música.

·      1783 - Compõe, aos 16 anos, sua primeira peça musical: Tota Pulchra Es Maria. Escutar na Linha do Tempo

     - Sugestão de atividade

A partir da escuta, observar com os alunos:

·      A formação em coro e orquestra

·      As famílias dos instrumentos

·      As vozes – solista e coro (soprano, contralto, barítono e baixo)

·      A regência do maestro Ricardo Kanji

·      A narrativa do maestro sobre o compositor

 

- Acessar a página dos jogos musicais do Portal Musica Brasilis, no link /jogos

- Seguir as instruções para jogar o “puzzle musical” da música Missa Pastoril Glória

 

II.              José Maurício e a Corte no Brasil

Quando desembarcou no Brasil, a Família Real não encontrou bandas de música, e sim repiques de sinos das igrejas, tambores misturados com o estrondo de foguetes, e aplausos do povo. Pensando que estavam chegando ao fim do mundo, eles se impressionaram com a música que ouviram, que pertencia ao Padre José Maurício. Surpreso pela qualidade do Te Deum, D. João designou-o mestre da Real Capela, cargo que ocupou até o fim da vida.

 

Link: /temas/musica-colonial-brasileira

Destaques:

·      1808 - D. João eleva a Igreja do Carmo à categoria de Capela Real e nomeia José Mauricio Mestre de Capela, responsável por prover música para todas as datas litúrgicas e comemorativas.

·      1809 - Compõe a Missa  de São Pedro de Alcântara, dedicada ao príncipe D. Pedro.

·      1810 - Compõe o Te Deum em ação de graças pela "feliz viagem" da família real.

·      1816 - Rege a música da missa pela elevação do Brasil a Reino Unido, celebrada na igreja de São Francisco de Paula, no Largo da Sé Velha.

 

- Sugestão de atividade:

- Pesquisar sobre a Chegada da Corte Portuguesa no Brasil e  o contexto musical neste período, no site Olhar Virtual, da UFRJ e em outros sites.

Link  http://www.olharvirtual.ufrj.br/2010/imprimir.php?id_edicao=217&codigo=9

- Propor uma roda de prosa em que sejam abordadas as questões :

·      Como era a música no Rio de Janeiro colonial? O que se ouvia e se tocava?

 

III.            Debret e a Corte Real

O francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848), pintor, desenhista, professor e artista múltiplo chegou ao Brasil em 1816 integrando a Missão Artística Francesa e lecionou Pintura Histórica na Academia Imperial de Belas Artes. Debret realizou importantes registros da Corte Imperial, de paisagens e de cenas cotidianas do período em que viveu na cidade do Rio de Janeiro.

 

Sugestão de atividade:

-       Realizar uma pesquisa sobre o artista Debret

-       Realizar uma pesquisa de imagens de Debret destacando o tema da corte imperial e cenas urbanas do Rio de Janeiro.

Link: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa18749/debret

-       Propor uma roda de prosa a partir das imagens pesquisadas, destacando os seguintes aspectos:

·      Contraste entre as cenas da Corte Real e as cenas urbanas

·      Que cenas históricas são retratadas 

·      O que revelam sobre a realidade e os costumes da época

Realizar um painel de pinturas e aquarelas do artista e pequenos textos com o tema “O Rio de Janeiro no olhar de Debret”.

 

Referências:

BANDEIRA, Julio; LAGO, Pedro Corrêa. Debret e o Brasil: Obra Completa, 1816-1831 – Rio de Janeiro: Ed. Capivara, 2007.

CAZES, Henrique: Choro - Do quintal ao Municipal, Rio de Janeiro: Editora 34, 1998.

LAGO, Manoel A. Corrêa. O Círculo Veloso-Guerra e Darius Milhaud no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Reler, 2010.

SANDRONI, C. Feitiço decente. Transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. : Ed. UFRJ, 2001.

TINHORÃO, J. R. História social da música popular brasileira. São Paulo: Editora 34, 1998.