A trompa é um dos mais antigos instrumentos de metais ainda em uso. Possui um tubo curvo ou mesmo enrolado e é integrante da orquestra sinfônica.
Assim como em todos os instrumentos de metal, o músico gera o som pela passagem do ar pulmonar sob pressão através dos lábios vibrantes. Conforme os ajustes labiais e a pressão gerada, o instrumentista consegue acessar as diferentes notas de cada comprimento de tubulação, na intensidade sonora desejada. A variação no comprimento acústico se dá pelo controle através de rotores, que são mecanismos equivalentes aos pistões dos demais metais.
As trompas modernas diferem das antigas pelo fato de possuírem complexos mecanismos com rotores. As trompas antigas, desprovidas de rotores, eram chamadas de lisas ou naturais. Os músicos precisavam levar consigo um conjunto de tubos metálicos que ajustavam no instrumento, conforme a tonalidade a ser tocada.
Trompa antiga lisa
No Rio de Janeiro, o instrumento esteve sempre muito presente em vários contextos musicais como o militar e o religioso, tendo sido importado desde o período colonial. No século XVIII, seu uso nas festas de encenação da coroação dos reis e rainhas do Congo foi ilustrado por uma gravura da coleção Riscos iluminados ditos de figurinhos de brancos e negros dos usos do Rio de Janeiro e Serro do Frio do italino Carlos Julião. Nela vemos uma trompa sendo tocada ao lado de vários instrumentos de sopro, cordas e percussão.
Cortejo da Rainha negra na festa de Reis - Carlos Julião (século XVIII)
Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre a trompa!