Thiago Rocha
Quem considera que assistir a um concerto de música clássica é uma ocasião especial pode ter expectativas contrastantes quando pensa em se vestir para tal: por um lado, é o júbilo de quem gosta de se arrumar; por outro, enerva quem quer se arrumar e não sabe como. Há também quem não se incomode com o assunto e simplesmente vá– o que ecoa recomendações de orquestras e de salas de concerto.
Este texto conta um pouco do que é o evento e a música (de) concerto, dá modestas dicas de como se vestir para tal rito e lembra de um colete famoso.
O rito concerto herdou o nome da forma musical concerto, palavra cuja origem parece remeter à conjunção dos vocábulos latinos conserere (reunir-se, participar, juntar-se) e certamen (literalmente, certame; competição, disputa). Nesse tipo de música, dois personagens dialogam: o instrumento ou grupo instrumental solista e a orquestra que o acompanha.
No princípio, concerto era a música que tinha partes instrumentais e vocais independentes entre si (em oposição àquelas músicas em que os instrumentos tocavam as mesmas linhas que as vozes cantavam) – é exemplo deste tipo o concerto sacro Saul, Saul, was verfolgt du mich? (Saul, Saul, por que me persegues?), de Heinrich Schutz.
A forma concerto foi ganhando autonomia do canto e virou o que se chama de concerto grosso, estilo no qual alguns instrumentos solam acompanhados de pequena orquestra. Um exemplo de concerto grosso é o Concerto Opus 6, n. 2 de Arcangelo Corelli.
Liberado das vozes, o concerto passou a ser uma peça de um instrumento somado à orquestra (algumas vezes, um ou outro instrumento mais, mas geralmente somente um mesmo). São exemplos desse tipo de concerto, que é o mais popular e arquetípico: Concerto para Flauta (Wq. 22), de Carl Philipp Emanuel Bach (sim, filho daquele Bach); Concerto para Piano, Opus 54, de Robert Schumann; e o Concerto para Violino (“à memória de um anjo”), de Alban Berg.
No século XX, de um certo modo retomando a concepção barroca de concerto grosso, concerto em que o solista era e saía do grupo, surgem os concertos para orquestra e para grupos instrumentais. Por exemplo, Béla Bartók compôs as magistrais Concerto para Orquestra e Música para Cordas, Percussão e Celesta.
“Num certo momento, surgiu na sociedade europeia um hábito de escuta organizada e — como subproduto deste hábito — o estabelecimento de concertos públicos e privados. Em outras palavras, houve um ponto na história em que o público ficou em silêncio. A partir daí, a música adquiriu um novo significado, como um ato de comunicação solene, ocorrendo em outro espaço da vida cotidiana. Em vez de ser um fundo, algo que nunca foi mais proeminente do que quando dançado ou cantado, a música se tornou um objeto de atenção por si mesma, uma “presença real” diante de sua própria congregação silenciosa.” (Roger Scruton em Understanding Music).
A situação coletiva conhecida por concerto obviamente mudou muito ao longo dos séculos e acompanha a história das vestimentas, que pode ser literalmente vista por um rico acervo de imagens, disposto quase década por década, na Wikipédia.
O que se segue é um breve panorama dessas mudanças ao longo dos grandes períodos da história da música.
A música que hoje conhecemos como clássica descende principalmente de música culta religiosa, sobretudo da católica. Por muitos séculos a Igreja foi a maior guardiã e produtora de música erudita. Não que não houvesse música popular, pois havia nas vilas, feiras, casas, festas etc; o ponto aqui simplesmente é que música popular não é a maior genealogia da música clássica.
Nos ritos católicos, louvar a Deus era (e é) o foco; esperava-se (e espera-se) dos presentes uma reserva atenciosa, um silêncio reverencial, modéstia e temperança. Razão pela qual as vestes tinham (e tenham) como objetivo o apagamento do sujeito. Era a música e não os músicos que exaltavam o divino; assim como exaltava-o a própria igreja, com sua materialidade arquitetônica e, muitas vezes, pictórica. A música de concerto herdou essa tradição, por isso a cor do traje mais comum aos músicos é preto. Assim, podemos dizer que nos primeiros séculos da música ocidental, do século X ao XIII, o público se vestia para comungar e deferir.
É importante lembrar que essa produção musical tinha como finalidade o enlevo, não o entretenimento.
Nos séculos XVII e XVIII, a música clássica deixou as igrejas e dirigiu-se para as residências dos nobres. Como consequência direta das grandes mudanças que a Europa sofreu, o rito de ouvir músicas de concertos clássicos mudou, assim como os figurinos mudaram junto. Também mudou o objetivo principal da música, que se tornou o entretenimento dos cortesãos europeus.
Os cortesãos escutavam música em suas casas. De dois jeitos: em jantares e afins, e em concertos privados.
Ou seja, escutavam muita música do mesmo jeito que tantas pessoas escutam ainda hoje: enquanto comem. Música funcional, portanto.
Conquanto tivessem boas maneiras e protocolos, elas estavam, afinal, em casas, não ajoelhadas em uma igreja imponente. Mozart e contemporâneos sabiam que suas execuções musicais poderiam ser entremeadas por conversas, pratos, talheres, taças e tudo o mais que compõe a paisagem sonora das refeições.
Essas pessoas também escutavam música em recitais privados.
Esses eram eventos especiais, mesmo que não acontecessem com a audiência em um silêncio absoluto, nem em um silêncio religiosamente reverencial.
Adultos e crianças usavam roupas, maquiagens e acessórios para corresponder ao glamour do evento e para projetar ou reafirmar uma posição social com a qual desejavam ser identificados por seus semelhantes (como ocorre em eventos de hoje em dia, aliás).
No Romantismo, a música clássica passou a ser foco dos ritos nos quais ela estava, em compasso com a secularização em marcha na sociedade que a produzia. A música e o músico então se tornaram protagonistas dessa sociedade.
Essa mudança levou ao surgimento das salas de concerto, nos séculos XVIII e principalmente XIX.
Liszt, além de ser um gênio do piano e da composição, um performer como poucos, era adorado e cultuado pelo público europeu, que disputava ferrenhamente lugar nos concertos dele, aos quais iam com roupas escolhidas criteriosamente. Ele próprio é famoso pelo jeito masculino e misterioso com que se vestia e se relacionava com o seu público.
O que ficou para a história da música é que Liszt despertou um nível de deslumbre que, no século XX, ficaria característico de astros do pop como Elvis Presley. À época de Liszt, a finalidade da música estava consolidada como entretenimento.
Mas mesmo no século XIX, as pessoas saíam e entravam de óperas em um agito que hoje mais reconhecemos em feiras de vendas de alimentos.
Consta que, em 1882, o compositor Richard Wagner ralhou contra a plateia de Bayreuth em uma apresentação da ópera “Parsifal”. Difícil de provar que isso aconteceu, não obstante, é altamente factível que tenha acontecido, pois a hierarquia público-música mudava, claramente.
Segundo o artigo A história da etiqueta de concerto – um resumo, da escritora Crystal Chan, Gustav Mahler, com suas Kindertotenlieder (Canções para a morte das crianças), em 1905, foi o primeiro a especificar em uma partitura que o público não deveria aplaudir as canções individualmente, assinalando que estas eram um conjunto único, e deixando claro que os músicos não deveriam ser estorvados – como podemos ver na imagem destacada abaixo.
A este ponto da história da música e da sociedade europeia, podemos afirmar que a apreciação pública de música era outra. Era o músico, o indivíduo músico, o objeto de culto. O músico não era mais o meio, mas a finalidade última, uma finalidade em si mesma.
No século XX, houve a junção da postura reverencial que antes era religiosa e agora era destinada à música, com o nível de culto ao músico que surgiu no Romantismo.
A plateia e os músicos clássicos se vestiram e se comportaram aceitando de bom grado que a música é a protagonista, na maioria das vezes, deixando para os solistas o destaque individual enfatizado justamente por sua indumentária.
Ficou consensualmente estabelecido que só se aplaude no fim das músicas e não no fim de suas partes, com exceção das óperas, situação que aceita bem aplausos e congratulações efusivas (“bravo”) depois dos trechos solistas, as árias.
Houve um progressivo (senão um desenfreado) culto ao músico. Surgiu assim o músico visto como semideus, o músico que influencia eleições nacionais, o músico que fala por associações internacionais de países. Exemplo disso é o tenor Luciano Pavarotti (e figuras como o Bono Vox). Esses músicos foram escutados por bilhões de pessoas (como quando os Três Tenores cantaram na cerimônia de encerramento da Copa do Mundo de futebol, em 1994, nos EUA) e atingiram um poderio econômico e social como jamais houvera.
No século XX, surge o primeiro músico profissional que ficou bilionário diretamente graças à sua produção musical.
Mesmo com as orquestras e as salas de concerto repetidamente dizendo que não há códigos de vestimenta (restritos) e praticamente tocando de terno simples, muitas vezes sem o colete – a peça que originalmente comporia o trio que forma o conjunto completo que é o terno – há quem, como o regente Baldur Brönnimann, credite falhas da música clássica como um todo à maneira como os músicos do clássico se vestem. Em seu artigo Dez coisas que deveríamos mudar nos concertos de música clássica, Brönnimann afirma: “não acho que a percepção que se tem das orquestras mudaria simplesmente se tocando com camisas coloridas, mas casacas definitivamente são anacrônicas. Século XIX demais. Há disponíveis por aí opções de terno muito mais elegantes e bonitas”.
O músico homem usar duas ou três peças do conjunto terno não deve ser suficiente para uma pessoa desistir de assistir a um concerto. O que eu penso é que, mantidos os limites da lei, da decência e dos códigos de vestimenta determinados pelas salas de concerto, roupa não deveria ser argumento para um indivíduo desperdiçar uma das mais importantes tradições da humanidade.
Felizmente, há também quem defenda que a música clássica possa ser o que ela tem sido com êxito desde sempre. É isso que defendeu o compositor Aaron Gervais no artigo Concertos de música clássica são ótimos – pare de pedir desculpa por eles: “atualmente, tudo é informal […] Não é seguro assumir que as pessoas vão se arrumar nem para casamentos. Então, quando um conjunto clássico coloca seus ternos estilo ‘pinguim’, faz com que o concerto se destaque de tudo o mais. Quando se trata de opções de entretenimento, as pessoas vão atrás do que se destaca”. Gervais destaca no mesmo artigo o sucesso do grupo de câmara Elevate, que insiste em um rigoroso código de vestimenta para seus músicos, os quais se apresentam de maneira formal. O Elevate tem conquistado um público leal, “não fazendo as coisas convenientes, mas demandando que o público eleve seus padrões”.
Segue Gervais: "Como escrevi tempos atrás, não se baterá nunca um Netflix em termos de facilidade e acessibilidade. Há demasiada competição pelo tempo das pessoas. Tem-se que competir em exclusividade.”. Com o Digital Concert Hall, a Filarmônica de Berlim mira essa situação. O aplicativo trouxe a música clássica para o mundo dos vídeos sob demanda e, à maneira Netflix, para o do streaming. Televisores, computadores, celulares e tablets recebem a provável melhor orquestra do mundo. Não há resolução – 4k, 8k ou a que for – que imite 100% da experiência de ouvir música com o som em sua imaterialidade mais pura e real.
Por falar em arquivos digitais, convém lembrar, ainda segundo Gervais, mas agora citando o artigo O clássico não está morto; pare de compará-lo com o pop já, que a música clássica está a perigo também no, por si só cambaleado, mercado de CD, somente vendendo mais que o jazz.
Outra demanda dos dias atuais para as salas de concerto de música clássica é que elas incorporem algumas novidades tecnológicas e de hábitos de entretenimento comuns a outros estilos de música, como o consumo de bebidas durante o espetáculo, efeitos luminosos extravagantes, projeção de vídeos etc.
Não duvido que os concertos de música clássica se beneficiarão de algumas (não todas elas, não quaisquer) tecnologias. A música clássica conta, inclusive, com a vantagem de poder escolher quando e qual tecnologia adotar, pois há outros estilos de música e outros tipos de músicos experimentando e testando isso; e, na prática, sendo cobaias dos experimentos que eles escolheram fazer. É o caso da música pop eletrônica, que está na vanguarda da incorporação de elementos tecnológicos não-musicais, e segue evoluindo nessa direção, como demonstra Vas Panagiotopoulos no artigo A história (e o futuro) da música ao vivo.
É muito provável que mesmo alguém que nunca tenha ido a um concerto tenha escutado, no mínimo, muita música derivada da música clássica, seja em filmes, séries de TV ou em jogos eletrônicos etc. Inclusive, música de videogames é a trilha musical de uma geração. Esse contato incipiente pode ser aproveitado para trazer jovens para as salas de concerto, como têm feito orquestras que tocam músicas feitas para games ou para filmes. Em considerável quantia desses concertos, há também música clássica tradicional.
Outra dúvida que perpassa a atualidade vem da onipresença de dispositivos com qualidade de reprodução sonora sofrível. Isso será ruim para a música que prima pela qualidade musical e sonora? Ou, ao contrário, despertará um público que passaria a querer a referida melhor qualidade?
Se de um lado, podemos assumir que a música influencia pessoas e sociedades, por outro, podemos admitir que a música é modificada porque as pessoas e as sociedades mudam. Por isso, é genuíno recear que se a experiência do concerto clássico perder toda a sua identidade, talvez ele não só não ganhe um público novo, como perca o seu público fiel.
A questão que essas mudanças responderão é: quanto importa para o concerto de música clássica aquilo que é música e quanto tudo o mais importa?
Agora vamos ao assunto principal: como se vestir para um concerto clássico hoje?
Há três limites bem simples que você deve considerar para se vestir para um concerto de música clássica:
1. os limites anunciados pelas salas de concerto (geralmente em seus websites);
2. aquilo que o bom senso reconhece como decente;
3. e os limites legais, das leis.
Isto tendo sido considerado, você pode ir vestido como você quiser!
Acredite, porque, ainda que haja casos em que determinadas roupas sejam proibidas e outros casos em que determinados trajes sejam expressamente solicitados, é isso que dizem orquestras nacionais e estrangeiras, salas de concerto e escritores (aliás, curiosamente, dizem-no de jeito tão semelhante, que nos fazem pensar no poeta americano de fins do século XX, Copy McPasteson). Dizem mais ou menos assim:
É importante que o espectador se sinta confortável. A maioria das pessoas considera concertos clássicos como eventos especiais e tendem a se vestir para a ocasião assim considerada especial. Pessoas vêm aos concertos de seus trabalhos e estão vestidas como se vestem para seus ambientes profissionais. Vestimentas de gala geralmente são usadas quando solicitadas ou em eventos de arrecadação de verba.
Algumas vão além e dizem que não há código de vestimenta.
Recorrentemente, salas e orquestras pedem também algum decoro. Por exemplo, a Orquestra Sinfônica Brasileira, localizada na praiana Rio de Janeiro, pede que o público evite ir de bermudas, chinelos e trajes de banho.
A Sinfônica de Austin solicita também que o público seja moderado no uso de perfumes. Argumentam que cheiros demasiados podem atrapalhar o deleite de quem estiver próximo da pessoa perfumada e podem atrapalhar até o deleite dessa própria pessoa perfumada. Bem, pitoresco e engraçado que esse pedido seja, podemos dizer que seria pior se tivessem de pedir para que o público usasse (mais) perfume.
Podemos concluir que, em relação a concertos e óperas – que é o contexto que estamos considerando – você deve vestir-se confortavelmente, outrossim, deve tentar evitar que outras pessoas sejam perturbadas com a sua presença.
É como disse o canônico repórter de moda masculina Gay Talese: “eu me visto como um sinal de respeito por quem entrevistarei, seja qual for o entrevistado”. Seguindo essa boa lição, podemos chegar a esta síntese: vistamo-nos para demonstrar respeito pelas pessoas que nos verão, seja quem forem elas.
E de fato faz todo sentido que cuidemos do nosso próprio conforto enquanto respeitamos o conforto das demais pessoas: vai-se a um concerto para desfrutar da música. Para isso, aqui estão algumas escolhas simples e práticas.
Aconselho que você tenha onde guardar seus objetos pessoais, como carteira, celular (e acessórios), chaves etc. Se a sua roupa não tem bolsos, leve uma bolsa. Há opções de bolsas também para homens. Se você optar por usar roupa que tenha bolso, considere que muitas salas de concerto são antigas e têm assentos menores que, por exemplo, as salas novas de cinema. Portar objetos à mão comumente causa barulhos. Uma vez vi um rapaz todo confuso tentando decidir se segurava seus pertences ou as mãos da namorada. Quase nunca é necessário carregar um grande amontoado de chaves para dentro da sala de concerto.
Os ruídos também podem vir dos tecidos das roupas. Materiais sintéticos espessos são barulhentos. A maioria das salas de concerto tem guarda-volumes nos quais se pode deixar capas de chuva, por exemplo. Ora, até Bruce Wayne deixa a sua capa quando vai a concertos. Não é só para evitar barulho, pois há concertos longos. Duas horas de incômodo é incômodo demais.
O melhor tecido do mundo é percebido como um aborrecimento se a roupa estiver apertada demais.
Aquele que levanta pesos: os resultados das horas na academia podem aguardar para serem exibidos. Relaxe, entendemos o seu orgulho.
Roupa de menos também atrapalha, notoriamente, mulheres. Uma saia curta pode pôr ao alcance de olhares invasivos coisas íntimas em um contexto pudico.
Talvez possamos especular que, em um mundo ideal, poder-se-ia ir a concertos clássicos vestindo um terno-pijama.
Os postos profissionais e as figuras típicas de concertos são poucas, vestem-se de modo típico e previsível e têm funções específicas naquele contexto. Convém muito considerar quem elas são antes de escolher o que vestir. Uma história verdadeira: presenciei um jovem rapaz, desastradamente vestido, muito parecido ao pessoal de informação do teatro. Enquanto ele esperava o início do concerto ou alguém chegar (eu não soube ao certo), foi importunado inúmeras vezes por pessoas perguntando a localização de seus assentos e coisas assim. Pior: ele não sabia informá-las. (Brincadeira.)
Outras figuras típicas: maestro e seus caudalosos ternos; solistas e suas roupas brilhosas; músicos e seus ternos pretos com ombreira pré-Armani ou vestes pretas em geral; organizadores das áreas externas de estacionamento; organizadores das áreas internas.
Exceto se você deliberadamente quiser ser confundido com essas figuras, é prudente se vestir diferente delas. Eu próprio, desatento a este aspecto, uma vez fui conduzido por um segurança para a entrada dos músicos quando ele estava acalmando uma pequena confusão na fila de entrada, e eu acabei perdendo metade de um concerto que eu vinha desejando muito ver.
O que não pode acontecer é você deixar de ir a um concerto específico por causa da roupa. Não há experiência digital que substitua a magnitude da verdadeira música ao vivo.
Aliás, o que não pode acontecer é você não ir a concertos, porque a música clássica proporciona experiências únicas!
Principalmente se você é jovem, ir a concertos clássicos traz vantagens para conversas e convívios. Traz vantagens até amorosas: conhecimento e inteligência sempre ajudam em paqueras. Aliás, ajudam sempre em tudo. Indo a esses concertos, você vai se destacar entre os que não vão, porque estes jovens por enquanto são a maioria. Talvez aquela pessoa (você sabe quem) fique ainda mais interessada por você quando contar quão divertido foi ir àquela bela sala de concertos para escutar um repertório tão legal.
Se você tem dúvidas sobre como se vestir, vá às salas assim mesmo e observe com que roupas as pessoas foram. Há sempre opções viáveis, qualquer que seja o seu estilo. Por exemplo, como sabia Eleonore von Breuning, “uma das mais admiráveis moças de Bonn”, Beethoven adorava colete tricotado com a lã dos gatos angorás.