O projeto Acervo Digital de Partituras Brasileiras, com duração prevista até agosto de 2025, tem como objetivo dar acesso livre e aberto a edições de 5.000 partituras de compositores brasileiros em domínio público através da web.
Entre as obras candidatas estão as de autoria dos seguintes compositores:
Luís Álvares Pinto (1719 – 1789) |
J.J. Emerico Lobo de Mesquita (1746 - 1805) |
José Maurício Nunes Garcia (1767 - 1830) |
Francisco Manuel da Silva (1795 - 1865) |
D. Pedro I (1798 – 1834) |
José da Gama Malcher (1814 – 1882) |
Henrique Alves de Mesquita (1830 – 1906) |
Antonio Carlos Gomes (1836 – 1896) |
Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935) |
Leopoldo Miguez (1850 - 1902) |
Henrique Oswald (1852 – 1931) |
Euclides Fonseca (1854 – 1829) |
Ernesto Nazareth (1863 – 1934) |
Alberto Nepomuceno (1864 – 1920) |
Alexandre Levy (1864 – 1892) |
Deolindo Froes (1864 – 1948) |
Francisco Braga (1868-1945) |
Meneleu Campos (1872 – 1927) |
Patápio Silva (1880 - 1907) |
Glauco Velasquez (1883-1914) |
Luciano Gallet (1893-1931) |
Lorenzo Fernandez (1897 – 1948) |
Esta relação preliminar foi estabelecida a partir de consulta pública à comunidade musical brasileira – orquestras, universidades e escolas de música -, para a indicação de repertórios elegíveis. O corpus de obras a serem consideradas estará sob a permanente supervisão do Conselho Curatorial, constituído em setembro de 2022, do qual são integrantes:
Desde o início da execução do projeto, em janeiro 2022, até o presente momento foram publicadas 3.156 partituras, o que corresponde a aproximadamente 60% do objetivo total. Segue o mapa com a distribuição por região de atuação do compositor.
Para levantar as fontes a partir das quais serão elaboradas as edições, o Instituto Musica Brasilis tem estabelecido acordos de cooperação técnica com instituições detentoras de acervos. Já foram firmados os seguintes acordos de cooperação técnica:
Estão em avaliação acordos de cooperação com as seguintes instituições:
Acordos de cooperação em perspectiva - contatos preliminares foram estabelecidos com as seguintes instituições:
A preservação digital perene das partituras digitais será assegurada através do convênio com a Rede Cariniana - Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital – iniciativa do IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – órgão pertencente ao MCTI (https://www.gov.br/ibict/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2021/dezembro2021/rede-cariniana-e-instituto-musica-brasilis-firmam-parceria).
Desde 2017, o Instituto Musica Brasilis conta com a cooperação da UNESCO para as suas ações.
Os representantes digitais de partituras são gerados através de duas formas:
As partituras serão disponibilizadas em formato .pdf, com partes separadas para instrumentosm, com resolução de 300 dpi.
A cada partitura digital é atribuído um identificador único - o ISMN (International Standard Music Number for Notated Music) – equivalente ao ISBN para publicações textuais.
As metodologias adotadas para a implementação estão alinhadas com as melhores práticas da web, de forma a ampliar a facilidade de localização, o acesso e o reuso, de acordo com os padrões estabelecidos pelo consórcio W3C (Linked Data, 2015), Dados Abertos Interligados (LOD – Linked Open Data) e princípios FAIR (GO-FAIR, 2022).
O novo portal - em desenvolvimento - terá recursos de acessibilidade para portadores de necessidades especiais: alto contraste e descrição dos conteúdos por meio de libras.
Além do portal Musica Brasilis, as imagens de partituras e respectivos metadados são também publicados na Rede da Memória Virtual Brasileira - iniciativa da Fundação Biblioteca Nacional - e no Wikimedia Commons, o que contribui para ampliar a visibilidade e o reuso. Os metadados são publicados no Wikidata, concentrador de metadados das principais bibliotecas do mundo (Wikidata como concentrador de metadados, 2022).
Em agosto de 2023, a Library of Congress - Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos - solicitou permissão para incluir, em seu Webarchive, os conteúdos do portal Musica Brasilis, por considerá-los histórica e culturalmente significativos para preservação.
O projeto também colabora com a iniciativa Brasil em Concerto, do Ministério das Relações Exteriores (https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/projeto-brasil-em-concerto), e editou os repertórios de D. Pedro I e Carlos Gomes gravados em 2022 pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
Durante toda a execução, o projeto conta com profissionais qualificados para os cargos de coordenação técnica, coordenação de editorial, coordenação de pesquisa, coordenação administrativo-financeira, além de assistência jurídica e contábil.
Para a execução do projeto Acervo Digital de Partituras Brasileiras, a equipe fixa do Instituto Musica Brasilis, constituída por 9 profissionais – remunerados por prestação de serviços -, foi acrescida de:
Além desses, o projeto conta com o trabalho voluntário de 5 especialistas e 5 editores.
O organograma da equipe é apresentado a seguir.
LANZELOTTE, R.S.G. ZUMPANO, N. 2022. WIKIDATA COMO CONCENTRADOR DE METADADOS: uma parceria para a divulgação de repertórios musicais brasileiros. In: Anais do 7. Seminário de Informação em Arte. Rio de Janeiro: Redarte. https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo-7138d928bb6cfe0682665e6531d5f8530f0ad54a-arquivo.pdf
LANZELOTTE, R.S.G. ZUMPANO, N. 2022. Difusão do legado musical brasileiro: a disponibilidade de partituras pela Web. In: Patrimônio Musical Brasileiro, Revista LABORHISTÓRICO, v.8, p.325 - 342. https://dx.doi.org/10.24206/lh.v8i1.46739
LANZELOTTE, R.S.G. ZUMPANO, N. 2023. Musica Brasilis: difusão de repertórios brasileiros via Web. In: Identidade brasileira na música de concerto. Org: Cinthia Alireti. Campinas, São Paulo: CIDDIC / UNICAMP. DOI: https://doi.org/10.20396/ISBN9786587175317